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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Sobre meu tio

Quero falar um pouco deste meu tio, Tio Toninho.
Em primeiro lugar não sei o nome dele ao certo, creio que Antonio de Almeida , irmão de meu falecido pai.
Ele desde cedo nunca quis ficar em casa, virou um andarilho pelo mundo, principalmente devido as drogas quando novo.
A primeira vez que lembro dele foi quando ia visitar a mãe dele, minha avó em casa no bairro da Casa Verde SP, muito raramente. Também recordo que nessa época ele já gostava de livros e tinha deixado guardado em casa 3 malas de livros, que ninguém podia mexer.
Ele desaparecia, nunca teve celular ou moradia fixa por muito tempo, somente depois de muito tempo mesmo, quando já tinha voltado do RJ que com a morte de meu pai ele tentou nos encontrar, mas já tínhamos mudado e o escritório no Bom Retiro já não existia a anos.
Meu pai (seu irmão carnal) bem como sua mãe (minha avó) nunca gostavam disso, dele desaparecer e não dar noticias nem paradeiro.
Mas lembro muito claramente que quando meu pai reclamava do sumiço dele ela falava que ninguém poderia cobrar nada dele, pois ele nunca pediu um dinheiro e nunca dependeu de ninguém, muito menos para seus vícios...
Cheguei a ir procura-lo uma época, procurei meu primo Fred e ninguém sabia dele.
Somente uma coisa sabíamos que ele morava no litoral, mais exatamente em São Sebastião SP.
Fui até la em busca, pois uma informação consegui, soube que ele era um conhecido chef de cozinha internacional. Pensando ser fácil, fui para lá, chegando lá descobri que tinha mais de 600 resorts e hotéis na região. Fui nos maiores e nada...
Voltei para São Paulo e assim ficou.
Este ano quando estava com um ponto comercial no certo de SP em parceria (durou somente 2 meses) ele foi ao sebo desejando trocar livros, quando o reconheci. Conversamos bastante e ele novamente não tem e nem quer celular.
Disso ficou mais 3 meses e encontrei próximo a praça XIV Bis em São Paulo, na fila para um almoço especial de natal para pessoal de situação de rua, onde tirei essa foto.
Pelas conversas que temos ele é como andorinha, sem paradeiro, quando está calor, vai para o litoral trabalhar e quando termina a época de ferias começa sua viagem pelo Brasil. Como esta agora aposentado, ele com dinheiro e sem necessidade de pagar passagem viaja pelo Brasil...
De certa forma o admiro, pois é livre de qualquer peso, carga e compromisso, vivendo livremente, tem uma parte em mim que gostaria muito de ser assim, o que mais me segura é o Senhor de minha vida...

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